sexta-feira, 28 de abril de 2017

Crítica # 102 - Guardiões da Galáxia vol 2

Crítica # 102 – Guardiões da Galáxia vol. 2 (Guardians of the Galaxy, vol. 2, USA, 2017).

Pior Marlon Fonseca

Em 2014 a Marvel já gozava dos frutos alcançados em seu universo cinematográfico a ponto de começar a apostar. Guardiões da Galáxia foi o primeiro grande risco que a empresa como estúdio de cinema correu ao trazer personagens até então desconhecidos do grande público e a sua “parte espacial”. Felizmente, para todos os envolvidos, o filme se tornou sucesso de crítica e público e catapultou os personagens aos holofotes.

Assim, sua sequência mudou de patamar. Agora não é mais uma aposta e sim, a pressão era para a mantença ou ampliação das inegáveis qualidades do primeiro filme. A boa notícia é que James Gunn e sua equipe conseguiram se superar.

Na trama, os heróis se metem em uma confusão com uma estranha raça alienígena e ao mesmo tempo Peter Quill, enfim, conhece seu pai. A equipe começa a entender a noção de “família”, ainda que disfuncional que é.

Logo na primeira sequência com os heróis o público já é brindando como um dos momentos mais divertidos, simpáticos e geniais que o gênero já proporcionou.

O bom humor característico do primeiro filme foi ampliando, soando sempre orgânico, não forçado. Mas a melhor notícia é que os momentos dramáticos e emocionais foram ainda melhor implementados e realizados. Ou seja, o filme conseguiu ser cômico e sério na medida certa, inclusive trazendo momentos sentimentais tão singelos e delicados, principalmente em duas ocasiões do filme.

A equipe aumenta, ganha contornos de "família" e dramas pessoais melhor desenvolvidos

A parte visual também está miais bonita, com novos planetas a serem explorados e uma paleta de cores mais diversificada. Os efeitos visuais são impecáveis e o 3D auxilia na imersão em alguns momentos.

A sonora também continua sendo um ponto forte da agora série, não só pela ótima escolha das músicas e, seu repertório mas pela importâncias destas como parte da narrativa (ainda que, nesse caso, o primeiro filme se saia levemente melhor).

Narrativamente, conforme falado anteriormente, há um casamento interessante entre a comédia e o drama e todos os personagens ganharam mais fundos e motivações, todos tratados de forma decente no roteiro. Até mesmo conceitos absurdos da parte galáctica da Marvel, como Ego, o planeta vivo, conseguem ser coerentes e palatáveis, servindo para a trama de forma favorável.

O filme é um deleite sonoro e visual

Mesmo começando mais na “brincadeira”, principalmente em sua primeira metade, quando o vilão de fato se revela junto com suas motivações e implicações, e as tramas pessoais começam a aflorar, tom aumenta e seriedade e se reequilibra, e assim, o longa, leva para um terceiro ato onde tudo se encaixa e se encerra tão perfeita e harmonicamente.

E se o filme começa deliciosamente divertido se encerra com um lirismo comovente.

O elenco volta ainda melhor e mais à vontade, com cada personagem trazendo novas camadas, incluindo o retorno de Nebula e Yondu, proporcionado pela narrativa correta que já mencionamos. Das novas adições Kurt Russel, como Ego, entrega uma das melhores composições suas em tempos. Stallone, tem uma ponta interessante que pode até parecer “avulsa” de início, mas faz todo sentido no fim. Já a inocente Mantis traz mais heterogeneidade à equipe.

Ladrão de cenas: Baby Groot apertou o botão da fofura várias vezes.

O segundo volume de Guardiões da Galáxia consegue ser “mais filme”, no sentido narrativo e de aprofundamento, que seu antecessor, confirmando de vez o quanto esses personagens podem oferecer em divertimento e emoção.

Ah, e sim, Baby Groot é a coisa mais fofa de toda a galáxia e, conforme esperado, rouba todas as cenas em que aparece.


Obs: A essa altura todo mundo já deve saber, mas existem 5 cenas pós créditos.

Nota 9,0
Ficha técnica: Guardiões da Galáxia vol. 2 (Guardians of the Galaxy, vol. 2, USA, 2017). Ação, Aventura. Direção: James Gunn. Elenco: Chris Pratt, Zoe Saldana, Dave Bautista, Bradley Cooper (voz), Vin Diesel (voz), Kurt Russel , Michael Rooker e Sylvester Stallone. Duração: 136 min.



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Entrevista Baby Groot












Marlon Fonseca: Groot obrigado por disponibilizar um tempinho para conversar comigo e nossos leitores
Baby Groot: Eu sou Groot!

M.F: Depois do sucesso do primeiro filme há naturalmente uma pressão ao se fazer um segundo. Quais foram os maiores desafios nesse novo filme?
B.G: (pausa reflexiva demorada): Eu sou Groot.

M.F: Entendo perfeitamente. Você costuma dispensar dublês nas sequências de ação. Qual foi a mais difícil de se fazer. Já se machucou?
B.G. Eu sou Groot. Eu sou Groot!!

M.F: Dentre as coisas abordadas nesse segundo filme há o aspecto de a equipe ser uma família. Como vocês lidam com isso além das filmagens?
B.G: (Groot franze o cenho e tenta dar um ar intelectual na sua resposta) Eu sou Groot.

M.F: Você tem se revelado um ótimo dançarino. Onde aprendeu a dançar e por que não gosta de dançar na frente dos seus companheiros?
B.G (Groot abre um sorriso sem graça, dá uma risada abobada). Eu sou Groot. Eu sou Groot.

M.F: A próxima empreitada da equipe será em Guerra Infinita. Como está sendo conhecer os Vingadores?
B.G (nesse momento groot abre um sorriso, sobe na cadeira, levanta os braços e os move agitadamente): Eu sou Grooooottttt!!! Eu sou Groot! Eu sou Groot! Eu sou Groot e Eu sou Groot.

M.F: Realmente deve ser fantástico e perigoso ao mesmo tempo. Muito obrigado por tudo. Para encerrar mande por favor um recados para os nossos leitores.
B.G – Nós somos Groot.


Com certeza somos!

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