segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Cenas de Cinema # 5 - Animações da Pixar


Cenas de Cinema #05 (Animações da Pixar)
Por Marlon Fonseca


Até pouco tempo atrás quem dominava o cenário das animações (desenhos) no cinema era a Disney.

Com sua até então fórmula infalível que juntava fábulas conhecidas, com personagens “simpáticos” e muita cantoria através de animações belíssima os filmes de animação da Disney marcaram épocas e gerações e apresentaram momentos de emoção (a comoção gerada pela morte da mãe do Bambi e do pai do Simba) e extrema beleza (o vôo de Aladdin com sua princesa em seu tapete mágico ao som de“a whole new wolrd” é o meu preferido até hoje) mas careciam de algo que só hoje podemos enxergar com clareza: maturidade narrativa.

A Pixar (inicialmente um estúdio subsidiário da própria Disney e hoje um estúdio independente) mudou radicalmente a forma de se fazer animação no cinema. E não estou falando da utilização da tecnologia de CGI (Computer Graphics Image ou imagens computadorizadas) e sim pela maturidade narrativa e sensibilidade.

            Nós filmes da Pixar nós também temos cantoria, animais e carros falantes mas a emoção e mensagem passadas são feitas de forma extremamente aprofundadas.

            No divertidíssimo e tresloucado “Procurando Nemo” nós temos uma fábula da responsabilidade paterna disfarçada e no lírico Wall-E acompanhamos, através da história de amor incondicional do personagem título, uma ferrenha crítica a uma sociedade preguiçosa.

            Mas o “cenas” de hoje quer destacar com mais contundência o caráter genuíno dos sentimentos passados e que somos acometidos em seus filmes. E para mim “Up –Altas aventuras” e “Toy Story 3” são o ápice do estúdio nesse quesito.

            Em “UP – Altas aventuras” nós presenciamos uma obra de arte narrativa impar em seus 10 minutos iniciais onde toda a história de vida do personagem Carl e de sua esposa são passadas ao som da Magistral trilha sonora de Michael Giachino (que, merecidamente, ganhou o Oscar por ela). No início nos divertimos com o encontro dos dois, no meio nos emocionamos com o casamento, companherismo e continuidade desse amor e no fim ficamos tocados e solidários com o falecimento de sua esposa.

            A cena final de “Toy Story 3” quando Andy “passa adiante” seus brinquedos para a sua vizinha mas antes resolve brincar com eles por uma última vez somos transportados de imediato á nossa própria infância e nos vemos emocionados agradecendo aos nossos próprios brinquedos por todos os momentos que passamos juntos.

            Ao fim da sessão de “Toy Story 3” no cinema a meninha de 6 anos que estava ao meu lado não entendia o porque do “Tio Marlon” estar visivelmente emocionado. Daqui a alguns anos ao rever esse filme tenho certeza de que entenderá!

          Bravo Pixar! Bravíssimo!!!!


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